sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Acordo Ortopédico


Passo a passo vou-me imiscuindo nestas novas tecnologias associadas aos blogs. Acho bem até porque dispensa muitos códigos HTML e afins... já basta o acordo ortográfico!
Á custa desse palhaço vou ter que mudar de nome! O H esse misterioso ente das consoantes vai ser abolido da língua portuguesa. Vai ser reduzido a treinador adjunto do C dos L e dos N. E a água como fica? Sim a água! Passa de H2O a 2O? Filhos do Potássio!!

Um dia de chuva

as estalactites no meu estomago estalam com o aquecimento global provocado pelo oceano do meu sangue quando penso em ti. Caem gotas apressadas, lágrimas derramadas sobre leite chorado pelo zarolho do meu piço.
Mas isso é passado. E o futuro ainda não nasceu... O meu presente é um solarengo dia de verão, que belo presente esse seria. É o meu sonho neste dia de chuva.
São quatro as coisas que temperam o caldo cefaloraquidiano: o passado morto, o quente presente, o futuro embrião e o sonho. Sonhar com outras coisas que não as presentes seca este dia de chuva, sara as lágrimas derramadas.
Sonhar com outros passados dá-me pesadelos alucinantes. Sonhar com outro futuro bombeia-me o cérebro. Derrete as estalactites e estalagmites do meu estomago e engravida-me o coração. Estou de esperanças...

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Guerra dos Mundos, Guerra dos Fundos

http://zucatuga.blogspot.com/ diz:
nalga-me a peidola
hernani .!. diz:
esfincter de polvo
hernani .!. diz:
tetas tentadoras
hernani .!. diz:
tesao no tentaculo
hernani .!. diz:
espirro do esfincter
http://zucatuga.blogspot.com/ diz:
tabernáculos com grão
http://zucatuga.blogspot.com/ diz:
túbaros em tomatada
http://zucatuga.blogspot.com/ diz:
moela de pato
http://zucatuga.blogspot.com/ diz:
bitoque de
hernani .!. diz:
bordaway
hernani .!. diz:
combinado de caracol
http://zucatuga.blogspot.com/ diz:
super lagosta
http://zucatuga.blogspot.com/ diz:
verde escarro
http://zucatuga.blogspot.com/ diz:
carro a alcool
http://zucatuga.blogspot.com/ diz:
fígado amarelo
http://zucatuga.blogspot.com/ diz:
cirrose e jipose
hernani .!. diz:
pixa tensa
hernani .!. diz:
nao pensa
hernani .!. diz:
cona laça
hernani .!. diz:
nao passa
hernani .!. diz:
esfincter usado
hernani .!. diz:
re-cusado
http://zucatuga.blogspot.com/ diz:
perde o cuidado
http://zucatuga.blogspot.com/ diz:
a mona lisa tinha gases
http://zucatuga.blogspot.com/ diz:
pelos ares
http://zucatuga.blogspot.com/ diz:
ri-se

domingo, 23 de dezembro de 2007

Sónia Araújo: por ti faço jogo sujo

Há muito tempo que (acordo) ao domingo com o programa 'Só Visto' a ribombar-me na cabeça. É crime.
Não só é crime a ribombar-me na minha cabeça como na de todos os portugueses e de todos os infelizes estrangeiros.
Antes que algum leitor se mexa na cadeira movido por algum bicho incómodo que lhe entre nos olhos por intermédio deste desavisado blog, saibam que não tenho nada contra o apresentador, a apresentadora de exteriores, o convidado especial, o camera, o roupeiro, o pasteleiro dos bolos, nada! Apenas eles foram apanhados numa teia, numa malha que obriga a que o programa (tambem nao tenho nada contra ele em especial!) seja apanhado a emitir bacoradas e nulidades punheteiras (redundantes por acaso) no espaço de emissão.
O programa é tão deprimente que até parece ser de 'boa fé' chorar quando se é convidado a participar. E pior que isso é só aparecerem aqueles que menos motivo têm para chorar: o Scolari, o apresentador do Pokatxi, o futebolista cigano, o estilista cicrano, a Diana Chaves, a Sónia Araujo (cavaleira do caraças...)...
Milionários ordinários
De facto só visto porque para contar não fica nada...

Mantra de Natal

Gingle Bells. Gingle Bells
Everybody goes to hells

Miragens...(titulo provisorio)

Registando o que é vergonhosamente registável, respirando como se estivesse a correr, a sensação no estomago é penosa e sofrível. O tempo passa ao sabor de uma respiração que é difícil e dolorosa. A dor é a mãe do tempo assim como a vida é sofrimento. Esta preocupação estomacal observa os grãos de areia que vão caindo na minha barriga e verifico grão a grão quantos caíram, esquecendo-me das dolorosas evidências.
Terá a vida um prazer de fundo? O prazer de viver é um facto em si que dificilmente se poderia chamar de prazer. Quem vive á procura de prazer encontra mais dor e quem procura a dor encontra aí algum prazer...

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Um dia de feira

Hoje foi dia de romaria. Os garrafoes de vinho circularam nas ruas e os gritos excitados dispararam de gargantas nuas. Caras enrubecidas, barrigas arredondadas, vozes embriagadas. O festim começou cedo, antes mesmo de ter começado. Ainda nao era o proprio dia e já ele tinha começado... mas foi começando cada vez mais ate deixar de começar e passar a ser. As camadas de curiosos foram-se sobrepondo sobre as bizarrias fracassadas. As bocanhas ocupam-se de alimentos sacrificados, de gemidos interesseiros. São corpos amontoados que se mexem entre si. São gritos desesperados que chamam pelos incógnitos. O grupo segue a voz do pastor...
A ignorância do olhar, a ignorância no olhar. O mundo acontece na merendeira comprada, no pão com torresmos debicado, na mercadoria regateada. Os rituais estão estabelecidos, a cerimónia vai rastejando. As crianças não estão alegres, vão observando as mercadorias.
Como uma cobra larga sua pele, os incognitos abandonam o festim. A imundicie torna-se manifesta.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Yin_Yang

Este é o iniciar da aventura...

Começo este texto um pouco embaraçado com o ridículo da situação: pensar em algo interessante para dizer. Situação condenada ao fracasso: o que de mais interessante que dizemos segue no decorrer de uma continuidade. É o apogeu de uma conversa, apesar de ser espôntaneo. Tem um passado, vale pelo seu presente (pois suscita interesse), e determina o seu futuro. Daí que seja difícil iniciar esta tarefa descomprometida de relatar vivências... mas como o 0 absoluto só existe nas nossas cabeças (será?) também este não será um início total. "No principio eram as trevas..." e quem o diz, que eram trevas? Deve ter conhecido a luz...
O início de uma pessoa é impreciso, bem como o seu fim. Não morremos no momento da nossa morte, assim como não nascemos apenas quando saímos do utero das nossas mães. Mas a vida e a morte são um só facto, o branco da vida é temperado com uma sombra de morte, e o negro da morte é iluminado por uma centelha de vida.

Volto a ficar embaraçado agora com o fim deste texto. Sinto que entrei num terreno do qual é impossível sair com graça. Mas é a terra prometida. É nesta vereda lamacenta que as minhas botas de borracha vão caminhar: procurando os cinzentos dos antagonismos, as sombras luminosas, as luzes ensombradas, as cores matizadas, e as boas piadas