quinta-feira, 29 de maio de 2008

Transito Intestinal qualquer dia estás cotado na Bolsa

Ao meu lado esquerdo vejo a ridicula situação de dois estudantes de Psicologia estarem lado a lado em computadores diferentes a falar pelo msn.

O Actimel grassa. L casei Imunitass para todos. MAS COZIDO Á PORTUGUESA QUE È BOM COM TODOS AQUELES ENCHIDOS NINGUEM COME!!

O resultado está a vista, caras bonitas com rabos magrelas em mentes vegetarianas. O problema está quando as pessoas vêm o interior das coisas, assustam-se e fogem...mas como as crianças que fogem da propria sombra, nao percebem que quando fogem levam o seu interior consigo. Esta é apenas uma vicissitude do caminho que se percorre, uma etapa do percurso. Não convém ficar pela etapa, é preciso concentrar-mo-nos na meta.

A meta é multidimensional, é metadimensional. Para além das dimensões
Mas para mim o que é comum nas metas de todos nós é a aceitação do interior, a consciência desse interior, o que implica que se aja em conformidade com ele.

É mto diferente de andar a papar actimel á bruta quando o que é preciso é fibra. Fibra dura.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

toxico social


depois de varias tentativas falhadas de começar um texto desisti. Nao tenho a minima apetencia neste momento para escrever sobre o que seja. Neste momento estou vazio, nao tenho aspirações nenhumas. Acho que os momentos de inspiração não se escolhem. Acontecem e pronto. Há um desejo e ele é convertido na nossa linguagem. Se não há desejo a linguagem tem uma caracteristica vazia. Tira-se o sumo e sai pouco. Este mal nao é exclusivamente meu, apenas a linguagem.

domingo, 18 de maio de 2008

Musicas do Fundo


Cada década tem uma característica musical. Será mesmo assim? Tenho muitas dúvidas pois em 10 anos aparece tanta coisa diferente que me parece dificil compilá-las sob um tema comum a não ser que esse tema seja: "musicas que foram editadas na década de tal" e esse é um tema superficial para não dizer pueril.


Lançado o mote, pergunto: o que tem a década de 80 de tão musicalmente apetecível que todos os bares tenham uma noite a ela dedicada, de 30 em 30 dias?

Resposta: a depressão.


Senão que sentido faria ouvir de novo o que já foi feito? Os anos 80 foram depressivos e isso reflectiu-se na música e nos comportamentos. Os anos 70? Tão excessivos que só o revivalismo faz puxar mocas que se pensava estarem recalcadas! Não, os anos 80 são os anos do "Ó tempo, volta pa trás!" São os anos do "Não conseguimos tirar satisfação suficiente do nosso quotidiano, por causa do cavalo e então temos q andar a ouvir a mesma coisa, over and over."


Os anos 80 foram brilhantes, lançaram musicos que fizeram os anos 90. MAS ESSES NAO SAO OS MUSICOS QUE SAO LEMBRADOS!!!

So se lembram do que era feito em cadeia na altura. Aquilo que encaixava no molde. E, pior do pior: hoje em dia ainda sai esse prato. Bolorento e bafiento.

Se a ASAE sabe...

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Desejos Meditativo- Carnais

Um dia feliz para mim é um dia de sol. Com calor. Um dia por minha conta. Acompanhado. Num sitio onde nao seja necessario dinheiro, gasolina, onde a palavra respeito nao seja utilizada, onde nao seja necessaria, onde nao haja questão que se ponha a palavra respeito no vocabulário pois a sua contraditória também nao é conhecida (DESRESPEITO). Um dia no silêncio mais puro e realizante. Á beira dum rio, ouvindo pássaros, sapos e água a fazer amor com o leito do rio.

Podia haver uma toalha estendida, a Claudia VIeira a tomar banhos de sol e sentimentos fogosos também.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Musica nas Ventas


Fui-me informar de concertos aí nas redondezas (depois do trauma de 6ª feira) e fiquei cheio de fluxo sanguíneo nas partes onde acaba o tronco e começam as pernas.

Senao vejamos: no Super Bock Super Rock vêm Slayer e IRon Maiden. Tenho alguma curiosidade... mas como nao conheço a fundo o reportório vou-me abster.

No Optimus Alive vêm Rage Against The Machine, e Cansei de Ser Sexy. Os 1ºs sao uma tentação ha largos anos, que entretanto esmoreceu. Os 2º sao um devaneio apetitoso. Uma musica maluca que ganha largo interesse por ser uma banda carioca que nunca foi respeitada no país de origem. E isso é sinónimo de qualidade (farpas injustas as minhas!)

Agora aquilo que me sujou as truçes foi o Paredes de Coura. Vêm ca os mexicanos Mars Volta.

Salsa Psicadélica. Nunca ouviram? Vão lá para ver como é.


dEUS também é de ver, eu que tanto ouvi mas nunca assisti a um concerto. Mas suspeito que seja uma desilusão pois duvido que vão lá tocar musicas do 1º album e 2º album, para mim os melhores.


Agora ha dois contras: o 1º é assistir aos Sex Pistols. Nada contra os artistas, muito a favor. Mas eu próprio já aceitei o facto de não pertencer á mesma geração. Porque nao aceitam eles também o facto de não pertencer á minha?? Descansem em paz, senhores! Vão ajudar a educar os vossos netos. Já fizeram muito pela musica mundial.

O segundo contra são as bandas: The Wombats (...) e The Rakes. Foda-se

Já chega. Mandem esta catralhada para um bunker com a água minada em viagra e vão busca-los lá daqui a 3 anos, para aprenderem a vida.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Palavrão


Exorto quem ler este texto a acompanhá-lo com a musica Book 1: Page 18 de Fantômas.


A linguagem. A comunicação partilhada. Quiçá das maiores tecnologias que o humano inventou e tenho as minhas dúvidas que depois dela tenha havido outra tão marcante. A internet será antes uma forma de veicular a comunicação. A internet será uma invenção comparável á do papel, enquanto a linguagem, a capacidade de simbolização é anterior a essa.

O próprio Freud assinalava a aprendizagem do uso da palavra como um marco fundamental no pensamento, pois este seria dificilmente manejável sem o recurso ao verbo.

Da minha parte estou cada vez mais convencido que o processo criativo, o processo da saúde, se apoiam num uso sustentado de uma linguagem que os vários elementos do diálogo entendam.

Uso sustentado? Apoio numa linguagem? Continuo muito vago.

Ilustrando:

Uma palavra é uma representação actualizada de algo que é sentido, palpável ou conhecido pelo sujeito. Através da palavra lembramo-nos da coisa sem precisarmos da sua presença. Vantajoso? Sem dúvida. Através do processo de significação das coisas por palavras (não necessariamente palavras, pintura, escultura, música...) damos um 'sentido' (foi sentido) ao nosso mundo interior. Agilizamos o pensamento, damos-lhe umas asas. Libertamos o pensamento da brutidade concreta e da horrorosa angústia de lidar com as coisas em si. Temos agora uma almofada na cabeça que nos permite conhecer os seus meandros sem que isso implique um ataque "ao corpo da mãe" como dizem os psicanalistas.

E enquanto debitava estas frases pensei no efeito da palavra Deus. A que corresponde essa palavra? Terá sido o inaugurar das palavras sobre abstracções o que é sem dúvida um avanço, e será esse o grande ponto positivo e o motivo principal pelo qual o Moisés disse: "Não pronunciarás o nome Dele em vão." O motivo pelo qual se começou a falar em Deus foi mesmo esse: agora somos independentes, nao precisamos de acreditar. Sabemos falar, nao precisamos de acreditar. Nós sentimos e não precisamos da sua presença! Não o Velho Barbudo, esse foi o sentido prejudicial que minou e amedontrou seres vivos até se lhes entrar nos genes, mas o pensamento articulado por palavras, palavras animadas por emoções, que permite conhecermo-nos a nós mesmos....