sexta-feira, 26 de julho de 2013

Uma nova vida

 Mais uma vez esta página renasce, ganha novos contornos, novas cores, um outro estilo. O autor é, em identidade, o mesmo, mas ao fim de mais de dois anos este autor está inevitavelmente diferente. Assim como o mundo em que ele vive e o mundo em que ele escolhe viver. São duas coisas distintas, creio eu: o mundo real da vida e o mundo que nós vivemos. O mundo que eu vivo é uma parte restrita do mundo real a que ninguém, creio eu, tem acesso. Viver no planeta terra tem certas especificações técnicas. Nascer  no fim do século XX implica alguns pormenores, ser Europeu, Português, trabalhar em determinado contexto,... são tudo aculturações que deixarão a sua marca nestas linhas. Ainda assim, não creio ser o essencial. Para mim o essencial é o presente que se vai criar quando vocês lerem estas linhas, o momento de partilha, a emoção (que até pode ser de repúdio)que se vai criar quando se encontrarem com esta parte restrita de mim. Acredito que quando lemos Fernando Pessoa ele está ali no sofá connosco. Tenho dormido com o José Saramago. 
Desculpa Pilar del Rio!
Por isso os poetas e escritores (e músicos e artistas de toda a sorte)ganham a eternidade, porque depois da morte física a sua vida "não-estritamente física" continua junto de quem aprecia os seus legados. 
E quem sabe ter filhos desses presentes/ encontros? Quantos continuadores de obras não há por aí? 


O que se pode esperar?

1 comentário:

Jorge Ribeiro disse...

Isso é em casa ou é no local de trabalho? Júlio