sexta-feira, 26 de julho de 2013

Ser jovem no século XXI. Um desafio



 Há tempos ouvi uma notícia na TV Maçon onde se relatava que numa localidade dos E.U.A. uma criança de 4 anos concorre à presidência da câmara. A criança concorre pela 2ª vez, tendo ganho a anterior. Só quase no final da 'peça' é que se lembraram de avisar que se trata duma brincadeira organizada na localidade. Apenas nessa ocasião tive a oportunidade de me confrontar com alguns preconceitos que julgo estarem enterrados bem  fundo e que não serão meus exclusivamente. 

Fiquei atónito! Como é possível? Eleger uma criança para dirigir uma localidade? Isto para mim foi particularmente chocante por ter tomado contacto com esta possibilidade quando assisti aos DVD's das entrevistas de Agostinho da Silva. Aí mencionou-se, segundo me lembro, que o V império seria o último, depois de todos os outros. Seria a idade do Espírito Santo em que as prisões seriam desnecessárias e abolidas e as crianças seriam as líderes do mundo. Na altura considerei estas 'ideias' vanguardistas. Não estaremos actualmente no estadio de o alcançar mas seriam aspectos indicadores duma sociedade bem mais saudável. 

Concordei, uma criança tem um sentido de humanidade e justiça que um adulto poderá não ter. Uma criança tem menos oportunidades para ser corrompida que um adulto. Uma criança - líder convocaria um estilo pautado por afectos, em oposição aos estilos contemporâneos, pautados por "cerebralidade", pela frieza dos números financeiros.  

Justamente: o preconceito está justamente aí. Ser governante é uma tarefa nebulosa, complicada, é preciso sentido de Estado. O sistema está tão podre que só por brincadeira de mau gosto uma criança poderia chegar a 1º ministro: seria necessário que dominasse a arte da mentira bem cedo. Seria necessário que aprendesse a difamar e a atacar pelas costas logo nos primeiros anos. 

Os sacerdotes que escreveram aquilo a que Agostinho da Silva se referia pensavam decerto numa criança mais saudável...

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