sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Ataque Infantil

Como pode a Intervenção Precoce ser algo mais do que uma triagem dos melhores perus para o matadouro que são as Consultas de Desenvolvimento, ao serviço das farmacêuticas e dos teóricos da Eugenia?

Como pode a Intervenção Precoce ajudar as crianças, desviá-las da Inquisição Precoce que é o Ensino Especial? Como poderá colocar as famílias numa trajectória desenvolutiva sanígena, em vez de os votar à fogueira social?

Basta de Risperdal, Rubifen ou Adderal! Basta da histeria dos maus comportamentos, da fobia das adopções, dos diagnósticos das palavras caras, das perseguições aos maus genes, da caça aos desfavorecidos. Chega de soluções milagrosas, rápidas e assassinas! Cultive-se a paciência, o afecto, a calma, o relativismo, respeito e amor!

Não há estratégia a aplicar (seja pedagógica, seja terapêutica) que não exija paciência! Não há criança que aprenda sem sentir afecto por quem ensina assim como não há quem ensine sem sentir afecto por quem aprende. Sem afecto não há troca a efectuar, apenas informação a voar e muitas moscas no ar. 

Tenham calma pessoas!! 

Não empurrem as crianças para os molhos de competências, deixem que elas absorvam o que há de bom no seu meio. Roma e Pavia não se fizeram num dia! Deixemos a criança desfrutar do seu desenvolvimento. 

E quanto ao relativismo, deviam deixar de haver "famílias monoparentais" na educação! O professor não pode ser (como não é) o dono e senhor de todo o saber. Neste sentido, tem que haver uma família, um pai, uma mãe, tios ou irmãos mais velhos que conduzam o saber com mais afecto. 

Sem respeito pela criança violam-se os seus direitos, pois ainda têm direito à empatia!

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Bolas

Todos preparados para morrer? Se não, vão tratando disso!  Pelo menos parte de nós está já em processo de decomposição. Uma parte de nós foi e não volta mais, Uma parte de nós esvai-se no breu, no escuro que chama luz à noite, nas trevas que nunca verão mais que o preto mais vazio que (não) existe. Saibamos nós fazer o luto apropriado desse pedaço que de nós era e agora não tem a quem chamar dono.


quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Questão ao Ministro da Saúde

Terá sido o medicamento Serenal inventado para podermos assistir ao 'Quem quer ser milionário' conduzido pela Manuela Moura Guedes?

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Sem resposta


     Aquilo que sai por escrito da minha mão expressa o que é sentido e captado pelo meu corpo, ficando dito no papel.  E o que fica dito no papel é a revolta e a injustiça de não se ser considerado, quando se dá tudo para ser tido em conta. E o esforço feito foi, vejo agora, o encher do molde, a submissão aos desejos, o corresponder das expectativas. Não foi errado porque o molde foi mostrado, os desejos expressos e as expectativas manifestadas e eu, qual soldado, fui dando o corpo às balas. A confiança foi retirada e as atitudes a temer são em maior número do que as já contadas.  Direi apenas que posso continuar soldado bravo ou posso transformar-me em resistente pacifista, de sorriso agradecido por ter moral possibilidade de recusar-me  a lutar. Poderei ainda distanciar-me  do pelotão e lutar a minha luta. E ninguém batalha sem confiança na sua luta e na sua capacidade de lutar. Tenho motivos para não acreditar na minha luta? Nas minhas capacidades? Porque preciso tanto de  fogo na guelra, de tenacidade, confiança em mim próprio, assertividade, de ter a capacidade de dizer na cara das pessoas coisa certa no momento adequado. RESPONSIVIDADE. 





segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Euro maus

Só uma cultura como a Europeia consegue criar ditaduras ou regimes políticos tão violentos para o espírito da humanidade em tão pouco tempo. Ainda não passaram 80 anos da 2ª guerra Mundial e já se está a preparar outro certame. A cultura da Europa é a anti-cultura. Assim se explica que quando se fale em cultura na Europa se pense em coisas muito abstractas e muito separadas da natureza.

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Obra Sanitária

 Ter estado tanto tempo sem escrever entorpeceu-me os dedos, o acesso aos vocábulos e às ideias. Algumas ideias ainda surgem... mas articula-las, expressa-las não é como escrever todos os dias. Falta óleo ao motor. Para além de que aprecio muito mais escrever com a mão que é do meu corpo e com a caneta que é de todos. Por aí as ideias escorrem muito melhor e as palavras são escritas em vez de ser alguém a escreve-las. 
Escrever no computador sem passar pelo papel e pela secretária é como pintar na galeria sem passar pelo atelier. Não que o obreiro não faça a obra mas a obra não é feita só pelo obreiro. É feita pelo olhar do obreiro para outras obras, em simultâneo. Distrações e confusões. Até o cócó para ser feito precisa de recato. 


terça-feira, 30 de julho de 2013

Poema aos Pastores



O mundo dos pastores é mais puro,
assim o exigem os cabritinhos
mas só um homem duro
consegue andar por aqueles caminhos.

O caminho do soldado.




Este ano não vai haver Gerês, vai haver antes Algarve. Mas calma que as férias ainda estão ali à frente!


Posta de Frango

Em matéria de tostas de frango na zona oeste ha 2 sítios que merecem destaque. O Barraca surf pub snack bistro bar e o Varzea Chiringuito spot. A tosta da Varzea é mais substancial. A da Barraca é melhor confecionada. 

Depois há a tosta do Golfinho Disco Club. Essa tem dias. Há dias em que muito bem, outros há em que muito mal.

Tosta do Tasse Bem? Uma vergonha. 

Tosta de frango no Bar do Bruno? Retiraram do menu.

Tosta de frango no Java? Lamentável. 


segunda-feira, 29 de julho de 2013

Férias da estupidez

Férias à porta e parece que já andam todos de estupidez em punho para a brandir sempre que necessário. Merecem desculpa pois esse tem sido o desígnio nacional nos ultimos 90 anos (50 anos de Estado Novo + 40 de Democracia): a estupidificação dos povos. E é no Verão, quando a maioria das pessoas está de férias, quando se podem entregar aos seus projectos, cultivar com mais tempo as suas preferências, que ataca o silly lobby. É nessa altura que é preciso atacar com mais força e incisão, não vão as pessoas perceber que afinal gostam de uma dieta mais substancial e nutritiva. 
É assim com o capitalismo que, perto do estertor final, ataca com mais força. 



sexta-feira, 26 de julho de 2013

Ser jovem no século XXI. Um desafio



 Há tempos ouvi uma notícia na TV Maçon onde se relatava que numa localidade dos E.U.A. uma criança de 4 anos concorre à presidência da câmara. A criança concorre pela 2ª vez, tendo ganho a anterior. Só quase no final da 'peça' é que se lembraram de avisar que se trata duma brincadeira organizada na localidade. Apenas nessa ocasião tive a oportunidade de me confrontar com alguns preconceitos que julgo estarem enterrados bem  fundo e que não serão meus exclusivamente. 

Fiquei atónito! Como é possível? Eleger uma criança para dirigir uma localidade? Isto para mim foi particularmente chocante por ter tomado contacto com esta possibilidade quando assisti aos DVD's das entrevistas de Agostinho da Silva. Aí mencionou-se, segundo me lembro, que o V império seria o último, depois de todos os outros. Seria a idade do Espírito Santo em que as prisões seriam desnecessárias e abolidas e as crianças seriam as líderes do mundo. Na altura considerei estas 'ideias' vanguardistas. Não estaremos actualmente no estadio de o alcançar mas seriam aspectos indicadores duma sociedade bem mais saudável. 

Concordei, uma criança tem um sentido de humanidade e justiça que um adulto poderá não ter. Uma criança tem menos oportunidades para ser corrompida que um adulto. Uma criança - líder convocaria um estilo pautado por afectos, em oposição aos estilos contemporâneos, pautados por "cerebralidade", pela frieza dos números financeiros.  

Justamente: o preconceito está justamente aí. Ser governante é uma tarefa nebulosa, complicada, é preciso sentido de Estado. O sistema está tão podre que só por brincadeira de mau gosto uma criança poderia chegar a 1º ministro: seria necessário que dominasse a arte da mentira bem cedo. Seria necessário que aprendesse a difamar e a atacar pelas costas logo nos primeiros anos. 

Os sacerdotes que escreveram aquilo a que Agostinho da Silva se referia pensavam decerto numa criança mais saudável...

Mar de Incertezas

 Entre a nossa cabeça e o mundo lá fora existe um mar que nos faz balançar entre onde queremos ir e onde vamos realmente chegar, onde as ondas deste mar nos vão levar.
Estão as águas calmas ou revoltas? O barco resiste ou o projecto afunda-se? 
Haja equilíbrio! 
E vontade! (Porque se não houver vontade, o vento não sopra e o barco não anda).

Uma nova vida

 Mais uma vez esta página renasce, ganha novos contornos, novas cores, um outro estilo. O autor é, em identidade, o mesmo, mas ao fim de mais de dois anos este autor está inevitavelmente diferente. Assim como o mundo em que ele vive e o mundo em que ele escolhe viver. São duas coisas distintas, creio eu: o mundo real da vida e o mundo que nós vivemos. O mundo que eu vivo é uma parte restrita do mundo real a que ninguém, creio eu, tem acesso. Viver no planeta terra tem certas especificações técnicas. Nascer  no fim do século XX implica alguns pormenores, ser Europeu, Português, trabalhar em determinado contexto,... são tudo aculturações que deixarão a sua marca nestas linhas. Ainda assim, não creio ser o essencial. Para mim o essencial é o presente que se vai criar quando vocês lerem estas linhas, o momento de partilha, a emoção (que até pode ser de repúdio)que se vai criar quando se encontrarem com esta parte restrita de mim. Acredito que quando lemos Fernando Pessoa ele está ali no sofá connosco. Tenho dormido com o José Saramago. 
Desculpa Pilar del Rio!
Por isso os poetas e escritores (e músicos e artistas de toda a sorte)ganham a eternidade, porque depois da morte física a sua vida "não-estritamente física" continua junto de quem aprecia os seus legados. 
E quem sabe ter filhos desses presentes/ encontros? Quantos continuadores de obras não há por aí? 


O que se pode esperar?