terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Constelações Viscerais

Escrevo-me a mim mesmo e penso: sinto-me desconfortável e só olhando para trás, retrospectivamente, consigo compreender o sentimento. O nome dele é agora mais claro, nomeável, tem filiação: é solidão. Solidão de ter passado um dia e ter estado sempre longe da alegria, da proximidade e do conforto. E assim ficamos empedernidos à noite, à volta do coração e este debatendo-se contra as pesadas grilhetas que não o deixam voar. Na verdade elas quase o afogam no ácido estomacal...
Mas não há nada como as saudades. As saudades são um mal que não dura e um bem que nunca acaba, por isso amanhã lá estarão a alegria, a proximidade e o conforto para me fazerem sentir a sua falta...

1 comentário:

Anónimo disse...

Meu Deus... Isso é que foi inspiração!...